Sem dúvida alguma, a coleção da Gucci foi uma das mais comentadas na semana de moda de Milão. O anúncio da saída de Frida Giannini, que atuava como diretora criativa da marca desde 2006, já causava expectativas sobre a coleção, então, a confirmação de sua saída antecipada intensificou ainda mais essas expectativas. Ao fim de uma coleção completamente diferente das apresentadas anteriormente por Giannini, surge na passarela um homem pouco conhecido fora da Gucci e a equipe responsável pela coleção. Não demorou muito e um comunicado oficializou o tal homem, Alessandro Michele, como o mais novo diretor criativo da marca.
O desfile masculino de outono/inverno 2015-16 foi completamente repensado, desde o casting de modelos até a coleção feita a partir da colaboração de Alessandro Michele e as equipes de design e produção masculina da marca. Um romantismo jamais visto nas coleções masculinas da Gucci junto de um espirito fortemente voltado para o clássico, resultou em uma proposta de figura andrógina e mais intelectual. Detalhes como as mangas três-quartos, rendas, laços e babados reforçam uma tendência na moda masculina; uma moda mais livre e sem muita distinção de gênero. Muitos anéis compõe esta nova coleção, além disso, bolsas e cintos surgem com design vintage. As estampas - que estão muito bonitas - vão dos florais ao grafismo remetendo aos anos setenta. Os sapatos não ficaram por fora deste processo de mudanças. Para o outono/inverno a Gucci propõe sandálias e chinelos com detalhes de pelagem.
Eu gostava bastante do trabalho de Frida Giannini para a Gucci, ela sabia ser ousada na medida certa, porém, confesso que gosto desta nova proposta. Apesar de não achar algumas composições excelentes e me parecer uma criação um pouco confusa, principalmente, por ter sido uma coleção de transição, estou curioso para ver a coleção totalmente desenvolvida por Alessandro Michele no mês que vem, para a semana de moda outono/inverno 2015 feminina.
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